Tudo me parece vulgar
mesmo o que sempre
achei singular.
Um brusco desejo
de independência,
uma súbita vontade
de ignorar.
Neste silêncio em que me deito
as palavras têm outro sentido:
não as ouvirás.
Um dia, encontro-te,
omnipresente e paralelo
ao meu sentir.
Jamais te poderei ouvir.
Este é o silêncio em que me deito.