Damos as mãos, em simultâneo,
nem sequer nos olhamos,
basta o tacto, e esse calor
húmido que me inebria.
Quero sentir-te,
fervilhar no afago da tua mão,
e derreter-me nas mãos do nosso amor.
Não me deixes,
segura-me ainda,
aperta-me, enlouquece-me;
desliza pelo meu corpo
que te espera, entra em mim.
Deixa que eu me entregue
pelo tempo que o tempo dura,
vive por mim, em mim,
o momento de ser tua.
Paula Raposo in ' canela e erva doce' , pág.11, 2006 - Magna Editora
o meu modo de te ver através das estrelas que te rodeiam e do imenso mar que nos olhos se reflecte
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
PARA TI DAQUI
Deixo que me prendas o olhar
em cada beijo que te dou;
um lampejo de sabor a ti,
uma luz que se prolonga em mim.
E eu deixo o olhar prender-se
no regresso à realidade.
Um desencontro ilumina a noite,
e quando a madrugada reaparece
toda a nostalgia chora em sonetos:
és tu que me compões a canção do infinito.
Paula Raposo in ' o laço impenetrável do silêncio ' pág.21 - Chiado Editora, 2012.
em cada beijo que te dou;
um lampejo de sabor a ti,
uma luz que se prolonga em mim.
E eu deixo o olhar prender-se
no regresso à realidade.
Um desencontro ilumina a noite,
e quando a madrugada reaparece
toda a nostalgia chora em sonetos:
és tu que me compões a canção do infinito.
Paula Raposo in ' o laço impenetrável do silêncio ' pág.21 - Chiado Editora, 2012.
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