Existe um encanto
na floresta
que desconheço
ainda
de deuses e maravilhas
esse encanto
não se estabelece
acontece
Existe assim de mansinho
um mar e um lago
ao lado
de fantasia
tão mágicos
quanto a tarde
um duende e uma fonte
E eu aqui olhando
tentando discernir
tanta azáfama
momento de mim
de dentro de todos
a mágica
loucura
de ser vivo.Foto minha.Este espaço vai descansar por uns dias.
É estranho este silêncio
da manhã
quando já partiste
e o sol ainda não nasceu
fica sem graça
esta cama vazia
sem a tua presença
uma vaga canção de amor
embala a solidão
e o torpor percorre
todo o meu corpo
numa envolvência
de silêncio
e do vazio da cama
quando tu já partiste
renasce a solidão magoada.Foto minha.
Vou navegando à bolina
sem grandes inquietações
e assim
talvez
aporte por aí
algures
num espaço vago
e num tempo diferente.Foto minha.
Toda eu sou uma lágrima
extravasando do interior
e escorrendo pelo meu corpo
diluindo-se vagarosamente
completando um ciclo vagamente
disperso até me fazer soluçar
uma lágrima salgada
caminhando por entre os sulcos
que me deixam as mágoas
toda eu sou lágrimas
transbordando das margens
à procura de um rumo...Foto minha.
Já tenho comigo o meu 4º livro de poemas. Marcas ou memórias do vento. Da Editora Apenas Livros.
O intróito é do Gustavo Lebreiro. Um dos meus filhos.
Será feita uma apresentação na Noite com Poemas na Biblioteca Municipal de Cascais, em S.Domingos de Rana, no próximo dia 15, quinta feira, às 21h30.
Quem não puder estar presente e pretender adquiri-lo, basta enviar-me um email.
Obrigada.
Tudo termina agora.
Queimaram-se os anos e a vida,
tudo ficou em pó
para que se dilua no Universo
e nos permita
ser felizes um dia.
Fica a memória
enquanto memória existir
e um permanente
ricto de saudade
a chorar no nosso olhar.Foto minha.
És tu?
Vieste visitar-me?
Saber se estou bem?
Vieste sim.
Saber de mim.
Nada mudou.
Estou aqui perdida
como sempre estive
e quando te olho
sei que me amas
me lês, me ouves
e me devolves
aquilo que marca
a minha estadia.
O amor.Foto minha.