quinta-feira, 8 de novembro de 2012

PARA TI DAQUI

Deixo que me prendas o olhar
em cada beijo que te dou;
um lampejo de sabor a ti,
uma luz que se prolonga em mim.
E eu deixo o olhar prender-se
no regresso à realidade.
Um desencontro ilumina a noite,
e quando a madrugada reaparece
toda a nostalgia chora em sonetos:
és tu que me compões a canção do infinito.

Paula Raposo in ' o laço impenetrável do silêncio ' pág.21 - Chiado Editora, 2012.

1 comentário:

Nilson Barcelli disse...

Belíssimo.
Continuas a fazer excelente poesia.
Paula, querida amiga, tem um bom resto de semana.
Beijo.