terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Âncora



Já me fala a saudade

de um momento,

uma ausência não escolhida:

a simples divagação

de uma simples mente;

vou e volto na penumbra,

divago ao longo do cais.

Regressas inesperado

e a maré saúda-te

embalando teus sonhos

de menino.

A saudade fala-me,

a maré divaga;

no longo percurso vivido,

não podemos ser nós

( não) a lançar a âncora.

Foto minha.


9 comentários:

EDUARDO POISL disse...

Lindo poema mais a tua foto é maravilhosa mesmo, Lindíssima!!!

"... E de novo acredito que nada do que é
importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas,
dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei,
todos os amigos que se afastaram,
todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada,
apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

Miguel Sousa Tavares

Abraços com todo meu carinho.
Uma linda semana com muito amor e carinho.

wind disse...

Gostei.
Beijos

mfc disse...

Um poema lindo de braços estendidos.

Maria Clarinda disse...

Lindo o poema!!! A foto também...e, eu conheço-a!
Jinhos

Sonia Schmorantz disse...

Penso que este poema tenha um significado especial, está lindo!
beijo

GRAÇA disse...

Lindo este poema,gosto muito de ler poesia e tenho pena de não ter o dom da escrita, para deitar para fora o que sinto...mas por vezes ao ler alguns poemas vão encontro ao meu eu....
não concordo com o comentário do Eduardo,quando ele foi buscar uma parte do livro do Miguel Sousa Tavares "que nada do que é importante se perde verdadeiramente""comigo caminham todos os mortos que amei", mas quando não se chega a dizer as palavras que se quer antes da pessoa morrer!!!então o que se perde? o que fica? o que foi?
e a amizade que nunca mais se tem com minguem.......
Bjs
Graça

(CARLOS - MENINO BEIJA - FLOR) disse...

Parabéns.Lindíssimo poema.Adorei.Beijos

Mariazita disse...

Lindíssima foto a combinar com o teu belo poema.
Gostei muito.

Beijinhos
Mariazita
LÍRIOS

Branca disse...

...não podemos ser nós
(não) a lançar a âncora, até porque tdo tem seu tempo...

Bjo amiga!