De um lado ao outro vou
aturdida, fascinada
a minha vida balanço
deste lado hoje nada.
Canto a paz da tua voz,
a melodia cansada
poemas ainda por reler
ritmo triste, eu calada.
Este é o azul de ti
silêncio do momento
em ti me perco e então,
falo de mim e do vento.
o meu modo de te ver através das estrelas que te rodeiam e do imenso mar que nos olhos se reflecte
quarta-feira, 29 de abril de 2009
segunda-feira, 27 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
A bela adormecida

Não sei se as flores me magoam
porque as escuto
ou se elas me alegram
na sua própria essência.
Sei que as mãos cruzam os caminhos
e que o horizonte se faz perto.
Deixo de saber o lugar da casa
e de muito longe
eu conto-te uma história de encantar
no espaço indelével
da canção adormecida.
Foto: Thiago G.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Afinal (?!)
De que me falas afinal
quando dizes o que sentes
e não dizes que não sentes
de que me falas então
da minúcia selvática dos gestos
que me falam e não me dizem
do que sentes afinal(?!).
Falas-me de nada
e as paredes ecoam frias e sombrias
e dizes que sentes
o que afinal não me dizes
e não falas do que sentes afinal(?!).
quando dizes o que sentes
e não dizes que não sentes
de que me falas então
da minúcia selvática dos gestos
que me falam e não me dizem
do que sentes afinal(?!).
Falas-me de nada
e as paredes ecoam frias e sombrias
e dizes que sentes
o que afinal não me dizes
e não falas do que sentes afinal(?!).
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Poema enclausul(r)ado

Vou inventar
uma cláusula
inabalável
que pela lei se faça cumprir
e não se desmanche
quando for o caso
(de tantos por aqui),
uma cláusula
muito firme
e que trará a satisfação
ao teu ego doentio.
É a claúsula
masturbatória
pela ineficácia
das tuas mãos
e qualquer pessoa
do sexo feminino
deverá salvaguardar
o teu gozo diário
numa ejaculação
inodora...
Foto: Maria Clarinda
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