segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Voz


Era domingo.

Nada acontece por acaso.

Mas por acaso
chegou um desconhecido torpor
e por acaso
já o Verão se aproximava do fim.

Mas não por acaso

a voz pronunciou-se em tom neutro
e por acaso eu ouvi-a em silêncio.

E talvez
porque nada acontece por acaso

eu a entendo.

Hoje.


Foto minha.

9 comentários:

Maria Clarinda disse...

Entenderás hoje e sempre...
Lindo o poema , Paula, Jhs

wind disse...

Um bocado misterioso para quem lê.
Beijos

mfc disse...

Parece que de repente tudo se torna mais claro...

Jaime A. disse...

...misterioso, sim, concordo, mas o mistério atrai-nos sempre.

Isabel José António disse...

Querida Amiga,

Lindíssimo poema. Parabéns!

Por acaso hoje falaste
Do acaso que não existe
E se acaso não pensaste
A dor às vezes persiste

E se por acaso te calaste
Não cales essa dor ao acaso
Pois, se por acaso pensaste,
É o princípio e não o ocaso

Um beijinho querida amiga,

José António

Å®t Øf £övë disse...

Paula,
O acaso não existe, porque somos nós que construimos os nossos próprios acasos.
Beijinhos.

Viajantis disse...

é assim, tem coisas que só muito tempo depois fazem sentido....

peciscas disse...

Também acho que nada acontece por acaso.
O que por vezes sucede é que não sabemos explicar o que nos acontece...

Ana Oliveira disse...

Quando acreditamos que nada acontece por acaso encontramos mais sentido em cada acaso que acontece...e entendemos na hora certa.

Um beijo

Ana