sexta-feira, 26 de junho de 2009

Quase à beira mar


Duas gaivotas
pousam no telhado de zinco
destes barracões
à quase beira mar,
uma delas conversa
ininterruptamente comigo
num som chorado
pedindo a minha atenção.

Levanto a cabeça
e respondo-lhe numa carícia
suave em doces palavras
de alento,
mas ela continua o seu choro
cantado em cambiantes
perfeitos.

Gaivotas do meu silêncio
na paz sublime
do meu peito encontrada,
soletrando à quase beira mar
A Eme O Erre...


Escrito em Setembro de 2006

Foto: Clarinda

9 comentários:

Maria Clarinda disse...

(...)Levanto a cabeça
e respondo-lhe numa carícia
suave em doces palavras
de alento,
mas ela continua o seu choro
cantado em cambiantes
perfeitos.

Que bom é o ppoder falar com estes seres, ainda mais da forma como o descreves neste poema maravilhoso.
Jinhos mil

wind disse...

Belo poema e como o entendo.
Também gosto de estar com as gaivotas:)
Beijos

F Nando disse...

Por momentos imaginei Lagos e as gaivotas sulcando o céu à noite, qual fantasmas de asas brancas!
Bjs

Mário Margaride disse...

Um poema sentido, onde de repente, me senti dentro dele...

Gostei muito!

Beijinhos e um bom fim de semana.

Mário

Mariazita disse...

Que lindo poema com cheiro a maresia!
A conversar com as gaivotas é que se aprende o mar ou a mar = amar

Bom fim de semana
Beijinhos
Mariazita

Belisa disse...

Olá

Como um onda no mar
hoje e eternamente
Quero agora lhe desejar
Felicidades para sempre!

Beijos ***

Anónimo disse...

Belíssimo poema. Gaivota lembra liberdade, ousadia.

Bom domingo.

Bjs

FERNANDINHA & POEMAS disse...

QUERIDA PAULA, SUBLIME POEMA... SENTIDO POR MIM, NO MAR DO MEU CORAÇÃO... ABRAÇO-TE QUERIDA PAULA COM MUITO CARINHO AMIGA,
FERNANDINHA

Viajantis disse...

...excelente!