Ainda oiço a voz que ontem sussurrava um beijo ardente na madrugada era uma gaivota aninhada no meu colo no tempo breve de um sorriso entre a luz e o murmúrio do mar só as ondas sabiam de mim.
Um dos muitos poemas belos do Pedro Laranjeira, no seu livro Pulsar. Obrigada por teres autorizado a sua publicação aqui.
Afagar-te os seios, lentamente, em carícias firmes de suave excitação... meter-te os dedos no cabelo e deixar a polpa deslizar sedosamente até deitares para trás a cabeça, frouxamente, num arfar silencioso de emoção!... Deixar aos poucos a mão escorregar p'ra que o arrepio fibroso do ouvido, em ternura transforme o apalpar do teu pescoço... Pousar então, de mansinho, a minha boca na flor entreaberta dos teus lábios e beber a seiva do teu vibrar sereno enquanto o teu corpo entra nos meus braços!... Sem um leve tremor, com lentidão, fazer cair dos teus ombros a blusa e num estalido seco, quase imperceptível, abrir-te o soutien para que a luz a volta possa gozar a ternura dos teus seios... Ajudar-te na reciprocidade da atitude, ...olhos fechados corpo em liberdade, até que a minha nudez possa te mostrar a observância atenta do cair da tua saia e dar-te a mensagem da total eloquência do vislumbre triangular que vai me receber! Deixar as mãos frementes percorrer a pele rosada e suave de teu corpo, numa carícia terna de bebé que te faça vibrar o cordão umbilical!... Deixar então pousar a boca, de mansinho, nos botões rosados, frementes dos teus seios!
Porque os números redondos são bonitos e dão as mãos, porque não podemos deixar morrer a criança que existe em nós e porque fazes parte da minha vida, este dia e todos os outros têm que ser de festa.
À tua saúde o meu brinde regado com muito champanhe e num longo abraço apertado a festa será 'a' festa.
E porque os dias são azuis na amizade que construímos...