É incontornável saber esquecer-te e nunca o saberei e o sorriso ainda se estende e os gestos ainda marcam alguma nostalgia e tu aí e nós num outro lugar e é incontornável regressar aos teus braços...
Poema e caderno meus, caneta da Maria e foto da Clarinda
Quanto mais penso mais deslizo no improvável mais penso e mais me perco no inconstante mais penso e mais silencio a vontade quanto mais penso menos me encontro e menos penso e mais presente o teu perfume e mais penso e menos te esqueço.
Em mar tornei os sonhos e desfiz-me nas marés prolonguei a estadia junto aos búzios na areia e em sol voltei voando recompus todos os sonhos e permaneci na ousadia do teu corpo nu.
Um dia lerei as tuas palavras como que beijando os teus lábios entreabertos em sintonia de estar e ser podendo dar-te o sorriso perfeito do teu significado e algures contarei a história desse homem que do amor escreveu um dia as mais belas palavras que só de ti saberei ler...
Felizmente a memória acorda todas as manhãs e fala-me de momentos, encanta-me no seu feitiço e envolve a atmosfera com uma luz inconfundível de prazer, um preciso monólogo sem tempo, intemporalmente contido.
É o tempo suculento da fruta madura de rir e brincar é o tempo ocioso permitido entre um sonho e uma pergunta é o tempo doce de te amar em aromas floridos de esperança, é este o nosso tempo.
Sonhava um jeito leve de ficar nessa história personagem principal sempre em cena sem diálogo mas presente levemente desse jeito teu de sonhar poemas...
On glisse doucement et le chant quand elle tombe s'amuse en nous donnant le merveilleux parfum blanc de la couleur pure et poétique de ses flacons et nous étonne toujours sur l'état lumineux de sa beauté...
A foto é do Osvaldo e porque ele vive num país francófono.
Fragmentos de palavras, farrapos encontrados no lixo, cheios os contentores, vazios os efeitos e caladas as bocas à força, entre um acidente e um destino.
que se percorram num agrado suave e se envolvam em neblina e em ondas de prazer se desfaçam, se despedacem nos rochedos e como as ondas e os caminhos sinuosos se evitem e se perpetuem em longas orgias e de granito, as esculturas vivas dos inevitáveis acasos precisos irreconhecíveis se afundem e se glorifiquem!